Estamos presos
Em celas diferentes
Nosso espelho se quebra
Só nos resta ler mentes
Sem fiança
Sem tempo
Prisão perpétua
Sem argumentos
E me vejo nua
E me vejo sua
E choro
Ao ver a Lua
Da minha cela
Longe e perto
Da sua cela
À meia-noite
No silêncio brando
No oculto frio
A luz de vela.
Autora: Bianca Alves
Tão na minha estou
Sem pensar no agora
Sem pensar no depois
Apenas penso e sou
Eu conto, um, dois
O tempo para e eu vou
Sem saber para onde
Sem saber quando
Talvez chegar em Londres
Mas por onde ando ?
Recebo alguns sinais
E me pergunto quem mais ?
Seguro cipós que se quebram
Ando na areia movediça
Onde as palavras não rimam
Onde minha boca amordaça
E ali logo se cala o “não”
Composto de memórias
Vividos de alguns dias
Marcados de lembranças
Tal conhecida como velha infância.
Autora: Bianca Alves
Já não sinto meu coração bater
Já não sinto o ar entrar
O que me resta é escrever
O que me resta é sonhar
Das linhas chamada vida
Do juiz a ingratidão
Como curar a ferida
Que quebrou meu coração ?
Como novamente amar ?
Como novamente me perder ?
Como a ti me entregar ?
E outra vez um romance viver ?
Autora: Bianca Alves