Transformada em cama
Presa num sono profundo
Sociedade que só engana
Poluindo todo esse mundo.
Uns pensando que era coma
Mas é só a vontade de nada
É um corpo deitado na lama
De uma alma tão machucada.
Que um dia já foi inteira
Mas com tantas pedradas
Com sua vida fez besteira
De tantas oportunidades dadas
A escuridão lhe cobriu
Cacos de vidro no caminho a feriu
Sua pele toda remendada
Judiada como o Brasil
Foram três noites apagada
Nem despertador a acordava
O bicho pegava mais de madrugada
Quando do nada ali chorava
E de nada encontrava um motivo
Ali morava o perigo, que castigo
Já não se sentia mais vivo
E isso lhe perturbava
Até que um dia não mais acordou
Pois seu coração parou
Sem mais gritar por socorro
Pois a morte a calou.
Autora: Bianca Alves