O poema de amor é clichê
O de rancor é óbvio
Como assim vou escrever
Se tudo agora é moda ?
Lápis e papel em branco
Lápis e papel na mão
Quieta, parada no meu canto
Pareço estar na contramão
Pintando o meu retrato.
Não consigo escrever
Eu não sei o que eu faço
Como começar sequer
Se não tenho palavras
Meu pensamento parece aço.
Está prestes a anoitecer
Eu preciso de um espaço
Escrevo a primeira estrofe
Numa folha de almaço
É um começo eu acho...
Autora: Bianca Alves