Sobre sentir
É tão confuso
Tão profundo
E tão miúdo.
Do meu sentir
Para o mundo
Sem rumo
E obscuro
No transparecer
Entre o muro
Que traça o abismo
E simula a forca.
Do pessimismo
Ao cinismo
Que se entrega
E é levado ao vento
Para o comodismo
Que se entrega
Sem o esforço
Rumo ao desgosto
Afogando o sentimento.
Do paraíso que se sonha
Que não se busca
Que do céu não cai
Oh vida medonha !
Passada uma história
Que não tem traço de luta
E se espera a vitória
Mas que filho da puta.
Que se entrega a preguiça
Se repousa no ócio
E depois vem com desculpa
Cheio de cobiça
Mas não enxerga sua conduta
E fica cheio de ódio.
Autora: Bianca Alves