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09/03/2021

Poema: Minha cela

Eu serei como um sopro

Que vem contudo

Mas some do mundo

Porque sou fria como gelo 

Intensa

Perversa

Congelada

Inversa

Sentenciada

Algemada

Elaborando a fuga

Procurando uma saída 

Cavando túneis 

Tentando ultrapassar os muros

Ao mesmo tempo seguir as Leis

Mas me perco entre tantas regras

Conceitos

Conselhos

Que ficam ali no banho de Sol

Entre as grades da cela

Eu busco o meu farol

Minha estrada

Fechada 

Eu escolho o caminho

Consequência 

Sentença 

Sem fiança 

Liberdade virou pendência

Saudade de ser criança.


Autora: Bianca Alves