Autora: Sabáh Aoun
Editora:Papirus
Local:CampinasSP
Ano:2001
Autora da resenha: Bianca Alves
A obra presente constrói o assunto
Paraíso na propaganda e publicidade turística, aplicado pela autora Sabáh
Aoun, ela exemplifica o Jardim sendo considerado o centro do Universo, aquele
lugar onde foi habitado por Adão e Eva. Local perfeito onde doenças, morte,
trabalho e dor não existem. Ideal para todo mundo satisfazer suas vontades e
desejos, herança essa que o Ocidente nos deixou, descrito na Bíblia.
Em especifico a autora retrata as
mensagens publicitárias, que utilizam o Universo religioso para vender seus
produtos. O turismo tem empregado palavras como paraíso, jardim, sagrado,
templo, para ampliar e ser mais direto na propaganda de forma compreensível
para o público alvo.
A autora inicia o livro enfatizando o
conceito de turismo, adendo divulgação com acessibilidade para o público.
Existem diferentes tipos de turismo, cada turista se engaja no que lhe caber
melhor. O texto aborda que paraíso precisa ser um lugar calmo, embora nem todos
procurem um lugar assim a autora faz um argumento esquecendo-se daquele público
que gosta de agitação, mostrando uma desvalorização aos lugares que não são
calmos.
Especificando claramente sua opinião
sobre a internet como meio de divulgação, um momento ela frisa ser fácil e
acessível para todos e depois cita que não é conveniente, pois o turista pode
montar seu próprio pacote. A máquina faz todo atendimento e retira a imagem do
olho a olho com o funcionário, denegrindo aquela escolha pela eficácia do
atendimento. Mas isto simplesmente é cabível a preferência de cada um, devemos
respeitar o espaço que dirige a forma que o cliente faz sua
compra.
A obra busca evidenciar que todo mundo
independente da época; da classe social; do sexo; da idade; do lugar; entre
outros, sempre temos a idéia de estar num paraíso e cada um imagina de acordo
com o que lhe agrada.
Ao abordar o tema a procura do paraíso,
a autora demonstra que desde a criação do mundo, idealizada pela religião,
acredita-se em um paraíso promissor de satisfazer as necessidades e vontades do
turista, estimulando a procurar um lugar que possua um tesouro precioso, que
seja um verdadeiro paraíso. Que o satisfaça por razões sejam elas quais
forem.
Toda citação ali realizada envolve
obras que descrevem aventuras reais e imaginárias, ambas estão buscando o mesmo
caminho sempre a procura de um lugar perfeito.
A maior concentração da
autora é o foco no paraíso, sendo um trabalho sério que canaliza uma
preocupação para muitos, em especial os estudiosos. Com base na Bíblia o
paraíso foi o jardim do Éden, e também é a imagem que sintetiza o fluxo de
maravilhas num só lugar, cabe a você mesmo crer ou não nesta realidade
histórica.
É fundamental a abordagem quando ela
cita que o paraíso existe e é um instrumento com características voltadas a
opinião de cada um, não existindo um local perfeito em específico.
Um jogo de marketing é
ilustrar o roteiro de um determinado local, sendo perfeito para atrair as
pessoas. Tais sonhos humanos acabam conquistados pela fragilidade que a
história do paraíso realiza da fantasia para o real. A autora atinge
profundamente a ideia que os destinos mais frequentados, são os que encontramos
somente no imaginário.
No decorrer do texto, desperta a
polêmica onde está o paraíso relatado na Bíblia, ele terá sido destruído com a
inundação de toda a superfície terrestre, nunca existiu ou esta perdido por aí.
O paraíso no universo é um curioso lugar que muitas pessoas desejam conhecer,
segundo a autora o desaparecimento do jardim maravilhoso interditado depois da
queda de Adão e Eva foi inevitável. Estudiosos estão sempre à procura de provas
que comprovem a existência do paraíso, percebemos a persistência do humano em
querer o melhor.
Segundo a Bíblia cria um paraíso
inusitado, a autora quer desenvolver uma função que excite o leitor
informando-o que existe um mundo perfeito, mesmo que perdido. Deixando seu
espírito arcar com aquilo que deseja e sonha, em princípio notamos que o
paraíso continua como algo imaginário. Começa a emitir as crenças religiosas,
esboçando de tal fora que deixa uma vontade absurda de estar no
paraíso.
Na narrativa ela impede o leitor de ter
esperanças em encontrar o Jardim de Éden, falando que ele esta perdido
eternamente, destruindo qualquer chance de encontrar o paraíso tão procurado. É
como se ninguém fosse capaz de ali estar, como se ninguém tivesse direito de
nadar nas nuvens de um lugar perfeito e a causa disso tudo fosse o pecado que
um cometeu, todos
pagam.
Muitos artistas deram asas a
criatividade, descrevendo lugares onde ninguém nunca pisou, paraísos criado por
eles, dando liberdade a imaginação. O tema paraíso é infinito para iniciar uma
discussão, por não ter limites.
Determinados destinos levantam tantas
qualidades, que atrai muita gente, fazendo o cenário muitas vezes quebrar o
fluxo de pessoas que se deslocam para tal ambiente.
A autora julga que todos estamos
ausentes do mundo perfeito, ela diz que ninguém esta satisfeito com o lugar
onde vive. É por isto, que muitos procuram um lugar sagrado.
Existem muitas expectativas quando se
ouve ou visualiza imagens de um lugar, com conteúdos que se torne algo
importante e fantástico para você. Glorificar de um jeito em viver função de
querer alimentar-se da beleza do local mais e mais, viajar numa dimensão que
lhe cause
êxtase.
No texto esclarece que Deus não irá
permitir de novo que o homem tenha acesso ao paraíso. Mas será que Deus ao
contrário da autora nos permite acesso sim ao paraíso, embora sejamos todos
exigentes e nada esta perfeito. Sabemos só reclamar e dar valor ao que temos
raramente, Adão e Eva soube o que perderam e nós que não soubemos reclamamos,
nem tivemos tal experiência e já criticamos
demais.
A dimensão espacial é um aspecto
primordial turístico. O homem busca pelo novo e desconhecido querendo inovar
sempre, certos lugares evocam o desejo de conhecê-los, a qualquer custo
independente da distância. Aí o turismo surge no auge, por qualificações que
podem enriquecer e valorizar determinado
espaço.
Essa valorização dos espaços são
elásticas de acordo com a demanda por parte dos turistas, embora também dependa
muito da infraestrutura aplicada para equipar os chamados espaços
turísticos.
O trade turístico acaba investindo
mais, obtendo excelentes resultados quando aplicado corretamente, a maior parte
das pessoas viajam em busca de lazer e descanso, ou seja, querem um paraíso.
Não podemos negar que é um setor cada vez mais bem sucedido na dinamização
econômica para muitos lugares. Em decorrência disso, a publicidade turística
faz o destino ser visto como ponto principal para provocar expectativas no
turista.
Por sua vez, a divulgação de lugares
perfeitos vem aumentando a cada dia, um meio de marketing conveniente para
encantar o cliente e atraí-lo pelo sabor da imagem, as revistas citadas no
livro utilizam um objetivo focado em imagens ricas com enunciados requintados
com um posicionamento de hipnotizar as pessoas, de um jeito que elas queiram ir
além de um simples anúncio e sentir a experiência na pele e na
alma.
Portanto, a beleza de qualquer ambiente
acaba sendo vendida pela publicidade turística, rigorosamente usada para obter
lucros. E como sonhamos em estar em mundo perfeito, nada melhor que aproveitar
o paraíso que temos aqui na terra e assim, juntando dois universos o turístico
e o religioso para investir na realização de tais sonhos.
