Garçom, me vê uma doce de felicidade,
Ah se fosse simples assim!
Beberia o que desejasse e viveria sem tempestade,
Como uma lâmpada mágica brincando de Aladim.
Aquele momento que só a música me entende,
Quando o mundo apenas me julga,
Me transformando em uma parede,
Fazendo minha dor ser uma pulga.
Essa sociedade é absurda,
Vivendo de achismos e impondo regras,
Como se a verdade fosse surda,
As pessoas esquecem suas tarefas.
É um querendo ser melhor que o outro,
Mas todos sendo inferiores de suas próprias normas
Atacando-se como touros,
Outros lutando pela paz.
Miseráveis incontáveis,
Os fracos tirando suas vidas,
O Diabo e seu número seis,
Enquanto outros choram por seus entes talvez.
Esfaqueado, atropelado, mutilado
Perdido, esquecido, nada parecido
Levanta e cai, sorri e chora
Mesmo que não pareça, o socorro implora
Setembro Amarelo,
Tratado como farelo,
Preguiça, frescura ou criancice
Não! Apenas um apelo.
Enquanto houver esperança,
Contra a dor vou lutar,
Seja trauma ou não de infância
O passado não dá para apagar.
Ele é cheio de histórias,
Ele é quem faz o meu agora,
Nele têm derrotas e vitórias,
Infelizmente por ele ainda se chora.
Levanta a cabeça e siga em frente,
Anota os erros e corrija os
Seja mais que os outros, seja diferente
Mesmo que incomode muita gente
A vida é como uma rosa,
Perfumada e ao mesmo tempo com espinhos
A depressão é a doença do século
Para uns modinha, para outros um túmulo.
Dói quando alguém compara a dor,
Porque cada uma tem sua intensidade,
O mundo já não tem mais cor,
Você fica pelo amor, família ou amizade.
Segura o seu pecado com toda força,
Teme tirar a vida pelas consequências,
Palavras de conforto reforçada em sua mente,
Mas não entende o porquê de sua existência.
A sede da morte aumenta,
O controle pela vida se acalenta,
Outras horas ele enfraquece,
No fim toda dor é violenta.
Inestimável o meu eu,
Inestimável o meu ser,
A vontade de viver perdeu,
Pois não tem nada mais a perder.
Quer fugir da dor,
Se acovardar num sono profundo,
Apagando sua imagem do mundo,
Se esquecendo que outros sentirão também dor.
A cada morte de um suicida,
Nasce uma dor chamada saudade,
Uma dor eterna para quem fica
Como chamar a morte de liberdade?
Se para sempre estará aprisionado,
Seja em lágrimas do agora,
Sejam em lágrimas eternas,
Não importa quem chora?
Para sempre condenado,
A sentença na caverna,
Escuridão e buraco sem fim,
Mas para sempre amado.
Desisti enquanto é tempo,
Recomeça meu anjo,
alguém precisa do seu existir,
lembre-se disso quando pensar em ir.
Autora: Bianca Alves