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21/10/2017
Poema: Vida
Respira e chora
Deus, salva minha alma
Que o socorro implora.
Uma forte dor de cabeça
Um milhão de pensamentos
Não sei se a vida é algo que mereça
Talvez eu só não tenha sentimentos.
Quero acordar do pesadelo chamado vida
Cansada do agora talvez
Ao mesmo tempo não quero ser suícida
Mesmo pensando na morte mais de uma vez.
Não existem palavras para me expressar
Até porque ninguém pode me entender
Não é que a vida eu queira largar
Mas é que não aguento mais me perder.
Engolir o choro não é legal,
Mas chorar em público me faz tão mal
Não tenha pena de mim quando me ver chorar
Sou apenas uma pessoa normal.
Sufocada estou no agora
Sufocada estou
Para chorar já não tem mais hora
Só quem sabe é quem já se machucou.
Não se compare ao rico ou pobre
Não se compare ao belo e ao feio
Nada dessa vida é nobre
Coloca o cinto e aperte o freio.
A vida é como um jogo
Um dia ganhamos e no outro perdemos
Um dia você apaga o fogo
E no outro ele te queima e morremos.
Só o desejo de morrer
Mas a incapacidade de fazer
Porque minha vida não consigo tirar
Por não ser capaz de me matar.
Outras vezes a luta para sorrir
Porque tem pessoas que precisam de mim.
E se um dia eu desistir
Não foi por falta de tentar
Talvez por falta de me encontrar
Como estrelas que se escondem em dias nublados
Mas ali sempre vão estar
Mesmo que em dias ensolarado.
O silêncio responde mais do que se espera,
Até num momento desesperado
Por atravessar toda minha esfera
E consertar o que está quebrado.
Tenho fé de um dia acordar
E o Paraíso em mim habitar
Meus poemas sem medo escrever
E cada palavra se eternizar.
Viver sem parâmetros da sociedade
Viver sem regras para seguir
Viver sem lutar pela liberdade
Por já se saber aonde se quer ir.
Saber que todos tem um lado animal
Que segue o extinto de um mero mortal
Enfrenta o problema ou quer fugir
Por não saber lutar acaba por si só ferir.
O humano nunca aprende
Ele tecla o mesmo botão
Uma hora ele se arrepende
E percebe que viveu tudo em vão.
O erro está em querer entender
Entender a vida que não tem nada
Nada que lhe faça crescer
Se tiver uma vida estagnada.
Autora: Bianca Alves
Poema: Help me
Como sorrir e se enganar?
Como viver e não se matar?
Gritar para quem?
Se não vejo ninguém!
Como da cama sair?
Se meu corpo quer adormecer
Como fazer para não desistir?
Se não aguento mais sofrer...
Essa dor quero destruir!
Mas estou sendo fraca mais uma vez
Como sempre não sei para onde ir
Quero acordar como se fosse a primeira vez.
Será que um dia vou poder sorrir
Sem sentir meu coração sagrar?
Quero poder do alto saltar
E minha vida acabar!
Ao mesmo tempo quero viver,
E meu destino poder mudar,
Hoje não tenho nada a perder,
Mesmo assim quero sarar...
Como andar com os pés no chão?
Se minha mente não para de pensar.
Como acabar com essa sensação?
De querer se matar?
Não quero que o jogo acabe,
Ao mesmo tempo perco a força.
Nem de tirar a vida eu seja capaz,
Quem sabe?
Alguém por favor me acorda?
Não me larguem na escuridão
Atenda meu grito de socorro
Porque só estou com depressão
Perdão, se eu fizer alguma coisa.
Autora: Bianca Alves
10/10/2017
Poema: Um grito de socorro
Eu tento escrever
Não consigo por no papel
Em meu pensamento só me perco
Pois é tão infinito quanto o céu.
Queria poder chegar perto,
Conhecer talvez meu "eu"
Quem sabe parar de chorar
Não sei ao certo ...
Eu não quero me matar
Eu quero me matar
Instabilidade, descontrole
Num mundo onde não existe verdade.
Não há mais nada por quem ficar
Ao mesmo tempo fico por tudo
Só quero um dia me encontrar
Nem que seja o fim do mundo.
Mesmo sendo degolada pelos Trolls,
Mesmo sendo julgada pelos orcs
Vou lutar pelo direito de ver o Sol
E acabar com esse eclipse aqui.
Preciso da tempestade correr,
Preciso na tempestade dançar,
Preciso parar de me esconder
E meu sentimento declamar.
Sempre acreditei que era especial,
Hoje sei que sou só mais uma,
Cansei de uma vida artificial,
Só quero superar todo o trauma.
Viver um dia de cada vez,
Agusto Matraga, a hora e a vez,
A hora e a vez de Augusto Matraga,
Destruindo seu lado negro e toda praga.
Transformação
Emoção
Coração
Explosão
Compondo um novo rumo,
Buscando sorrir e ter paz,
Ignorando todo o consumo,
Se tornando uma pessoa capaz.
Congelando na terça a noite
E se derretendo numa quarta
Quem sabe um dia um pernoite,
Eu encontre a morte que me mata ...
A foice que de mim escapa,
A vida que o destino me traça,
Superar um dia essa etapa
E acabar com toda essa farsa.
Pular do topo do prédio,
Em busca do meu remédio,
Despertar desse pesadelo,
Que fez a vida ser um pleno tédio.
Escrever no banco da praça,
Ali minha dor se disfarça,
Destruir o assédio da humanidade
Enquanto ainda é noite na cidade.
Quero em mim a semente plantar,
E quem sabe a felicidade
Um dia poder me reavivar
Encontrar minha outra metade
E do sono profundo despertar
Quando em mim a liberdade
No fundo da alma penetrar.
Autora: Bianca Alves
06/10/2017
Poema: O retorno
Quando se chega na beira do precipício,
Na corda bamba mais difícil se equilibrar
Será melhor ficar num hospício
Ou para casa voltar ?
A solidão que sentiu,
O coração que se feriu,
Todos marcados para sempre
Uma dor que ainda não sumiu ...
Quando tentei me esquecer
Fizeram-me ser e entender
Que por mais que eu fuja
Não serei mais julgada
Pois agora que sou acolhida
Posso fechar os olhos na calma
Me sentir segura em seus braços
Posso curar minha alma
E se o medo vir contudo?
Vou enfrentar todo mundo
Porque agora está comigo
Veio me salvar do perigo.
Não sabes o que sinto
Não sabes o que penso
Mas sabes que não mais minto
Pois eu quero me curar
Por um tempo sei que fui muda
Me permaneci por um tempo calada
Não tinha ideia de como me expressar
Buscava forças para te contar
Mas do nada tudo sumia
De noite chorava e de dia sorria
Peço que me perdoe
Por esse lado que não conhecia
Nunca fiz por mal
Só quis te proteger
Desse meu lado animal
Agora já pode me ver sem me temer.
Provou me amar
Quando me escolheu na doença
Não quis ali me deixar
Pedindo para casa eu voltar
Me fez mudar de ideia
Me fez ver que não estou só
Fez me sentir sua
Me fez nascer do pó.
Maior prova de amor não há
Do que o desespero que senti
Quando te vi por mim lutar
E em nenhum momento desistir.
Autora: Bianca Alves
03/10/2017
Poema: Quem sou ?
Quem sou eu ?
Se não o ar que respiro
A chama que me acende
O tsunami que me afoga
A pessoa que não se entende
Aquela que sente com a alma.
Quem sou ?
Sou tudo que penso
Sou tudo que faço
Sou tudo que sinto
Num simples, compasso.
Sou o pensamento calado
Sou a lembrança lembrada
Sou o gesto indomável
Como uma flor intocável.
Sou o tempo chuvoso
Sou o tempo nublado
Sou a ventania brusca
Sou coração gelado.
Ora sou Sol
Ora sou Lua
Filha de Deus
Que o Diabo quer nua.
Quem sou ?
Autora: Bianca Alves
01/10/2017
Poema: A Rosa cheia de espinhos
Como uma folha cai de uma árvore,
Dos meus olhos caem lágrimas,
Como o fruto que você colhe,
Minhas lágrimas venha secar.
Sonho com um mundo melhor,
Por mais que impossível,
Não custa sonhar, querer melhorar,
Eu contra o mundo, invencível.
Chora, grita,
ninguém se habilita a vim me curar,
mas querem conhecer meus segredos
depois não conseguem me acompanhar.
Do lado de fora um dia ensolarado,
Mas quando entra, a chuva lhe lava,
Quando menos percebe fica congelado.
Quero ser borboleta, mas ainda sou uma larva.
Me sinto como a maçã podre,
Que ninguém quer comer,
Mesmo incorporando a imagem de Padre,
Não dá para se converter.
Cabelos cobrindo o rosto,
Escondendo a face,
A expressão mudando,
Enrugada como alface.
Vem, não me deixa aqui,
Ser devorada pela maldade,
Sou impaciente, me tira daqui!
Acaba com essa saudade.
Venha de ambulância,
Não me deixe partir,
Sinto meu corpo levitar,
Se eu ao menos pudesse sumir...
Trancafiada no meu jardim,
Espinhos a minha volta,
Aquela sensação ruim,
Vem e não me solta.
Me colha como uma rosa,
Cuidado, para não se cortar,
Pois mesmo cheirosa,
Não vai querer se machucar.
Autora: Bianca Alves