Como uma folha cai de uma árvore,
Dos meus olhos caem lágrimas,
Como o fruto que você colhe,
Minhas lágrimas venha secar.
Sonho com um mundo melhor,
Por mais que impossível,
Não custa sonhar, querer melhorar,
Eu contra o mundo, invencível.
Chora, grita,
ninguém se habilita a vim me curar,
mas querem conhecer meus segredos
depois não conseguem me acompanhar.
Do lado de fora um dia ensolarado,
Mas quando entra, a chuva lhe lava,
Quando menos percebe fica congelado.
Quero ser borboleta, mas ainda sou uma larva.
Me sinto como a maçã podre,
Que ninguém quer comer,
Mesmo incorporando a imagem de Padre,
Não dá para se converter.
Cabelos cobrindo o rosto,
Escondendo a face,
A expressão mudando,
Enrugada como alface.
Vem, não me deixa aqui,
Ser devorada pela maldade,
Sou impaciente, me tira daqui!
Acaba com essa saudade.
Venha de ambulância,
Não me deixe partir,
Sinto meu corpo levitar,
Se eu ao menos pudesse sumir...
Trancafiada no meu jardim,
Espinhos a minha volta,
Aquela sensação ruim,
Vem e não me solta.
Me colha como uma rosa,
Cuidado, para não se cortar,
Pois mesmo cheirosa,
Não vai querer se machucar.
Autora: Bianca Alves