Eu tento escrever
Não consigo por no papel
Em meu pensamento só me perco
Pois é tão infinito quanto o céu.
Queria poder chegar perto,
Conhecer talvez meu "eu"
Quem sabe parar de chorar
Não sei ao certo ...
Eu não quero me matar
Eu quero me matar
Instabilidade, descontrole
Num mundo onde não existe verdade.
Não há mais nada por quem ficar
Ao mesmo tempo fico por tudo
Só quero um dia me encontrar
Nem que seja o fim do mundo.
Mesmo sendo degolada pelos Trolls,
Mesmo sendo julgada pelos orcs
Vou lutar pelo direito de ver o Sol
E acabar com esse eclipse aqui.
Preciso da tempestade correr,
Preciso na tempestade dançar,
Preciso parar de me esconder
E meu sentimento declamar.
Sempre acreditei que era especial,
Hoje sei que sou só mais uma,
Cansei de uma vida artificial,
Só quero superar todo o trauma.
Viver um dia de cada vez,
Agusto Matraga, a hora e a vez,
A hora e a vez de Augusto Matraga,
Destruindo seu lado negro e toda praga.
Transformação
Emoção
Coração
Explosão
Compondo um novo rumo,
Buscando sorrir e ter paz,
Ignorando todo o consumo,
Se tornando uma pessoa capaz.
Congelando na terça a noite
E se derretendo numa quarta
Quem sabe um dia um pernoite,
Eu encontre a morte que me mata ...
A foice que de mim escapa,
A vida que o destino me traça,
Superar um dia essa etapa
E acabar com toda essa farsa.
Pular do topo do prédio,
Em busca do meu remédio,
Despertar desse pesadelo,
Que fez a vida ser um pleno tédio.
Escrever no banco da praça,
Ali minha dor se disfarça,
Destruir o assédio da humanidade
Enquanto ainda é noite na cidade.
Quero em mim a semente plantar,
E quem sabe a felicidade
Um dia poder me reavivar
Encontrar minha outra metade
E do sono profundo despertar
Quando em mim a liberdade
No fundo da alma penetrar.
Autora: Bianca Alves