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10/10/2017

Poema: Um grito de socorro

Eu tento escrever

Não consigo por no papel

Em meu pensamento só me perco

Pois é tão infinito quanto o céu.

Queria poder chegar perto,

Conhecer talvez meu "eu"

Quem sabe parar de chorar

Não sei ao certo ...

Eu não quero me matar

Eu quero me matar

Instabilidade, descontrole

Num mundo onde não existe verdade.

Não há mais nada por quem ficar

Ao mesmo tempo fico por tudo

Só quero um dia me encontrar

Nem que seja o fim do mundo.

Mesmo sendo degolada pelos Trolls,

Mesmo sendo julgada pelos orcs

Vou lutar pelo direito de ver o Sol

E acabar com esse eclipse aqui.

Preciso da tempestade correr,

Preciso na tempestade dançar,

Preciso parar de me esconder

E meu sentimento declamar.

Sempre acreditei que era especial,

Hoje sei que sou só mais uma,

Cansei de uma vida artificial,

Só quero superar todo o trauma.

Viver um dia de cada vez,

Agusto Matraga, a hora e a vez,

A hora e a vez de Augusto Matraga,

Destruindo seu lado negro e toda praga.

Transformação

Emoção

Coração

Explosão

Compondo um novo rumo,

Buscando sorrir e ter paz,

Ignorando todo o consumo,

Se tornando uma pessoa capaz.

Congelando na terça a noite

E se derretendo numa quarta

Quem sabe um dia um pernoite,

Eu encontre a morte que me mata ...

A foice que de mim escapa,

A vida que o destino me traça,

Superar um dia essa etapa

E acabar com toda essa farsa.

Pular do topo do prédio,

Em busca do meu remédio,

Despertar desse pesadelo,

Que fez a vida ser um pleno tédio.

Escrever no banco da praça,

Ali minha dor se disfarça,

Destruir o assédio da humanidade

Enquanto ainda é noite na cidade.

Quero em mim a semente plantar,

E quem sabe a felicidade

Um dia poder me reavivar

Encontrar minha outra metade

E do sono profundo despertar

Quando em mim a liberdade

No fundo da alma penetrar.


Autora: Bianca Alves